24/07/2011
05/07/2011
CANTARES DE SALOMÃO
Coloquei os Cantares de Salomão porque particularmente acho a maior envocação de amor
q existe...
DICA DE WICCA
Cantares de Salomão
1Este cântico foi composto pelo rei Salomão.
Ela:
2Que ele me beije com a sua boca,porque o seu amor me é melhor do que o vinho.
3Como o teu perfume é agradável! Como o teu nome é doce! Não admira que todas as raparigas gostem de ti!
4Leva-me contigo; anda, corramos! O rei levou-me para o seu palácio. Como seremos felizes! O seu amor é melhor para mim do que o vinho. Não admira que todas as raparigas te apreciem!
5Eu sou morena, mas bela, ó filhas de Jerusalém, crestada como as tendas curtidas de Quedar; e no entanto formosa como as tendas de seda de Salomão!
6Não olhem sobranceiramente para mim, por eu ser assim escura,porque foi o Sol que me queimou. Meus irmãos tinham-me má vontadee mandaram-me para foraa trabalhar nas vinhas sob os raios do Sol;e foi assim que a minha pele se queimou!
7Diz-me, tu, a quem eu amo,para onde vais levar o teu rebanho a pastar? Onde é que o farás descansar ao meio-dia? Porque irei lá ter contigo,e assim não andarei no meio dos rebanhos dos teus companheiros,dando impressão duma rapariga de cabeça leve. Ele:
8Se ainda não o sabes, ó mulher mais bela de todas,segue as pisadas do meu rebanho,e apascenta as tuas cabras lá, junto às tendas dos pastores.
9Eu comparo-te com uma linda égua, meu amor!
10Como são bonitas as tuas faces,com o cabelo caindo-lhe aos lados! Como fica soberbo o teu pescoço,com esse magnífico colar de pedras preciosas.
11Havemos de te mandar fazer brincos de ouro e outras jóias de prata. Ela:
12O rei está no seu jardim,encantado com o meu perfume.
13O seu amor, para mim,é como um ramalhete de mirra,que guardo entre os meus seios. Ele:
14A minha amada é um ramo de flores nos jardins de En-gedi.
15Como és bela, meu amor, como és linda! Teus olhos são suaves,como pombas. Ela:
16-17
És gentil, meu querido; a tua presença,assim sobre a relva, à sombra dos cedros, debaixo dos ciprestes,é tão agradável!
1Ela:
Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. Ele:
2Sim, um lírio entre espinhos;assim é a minha querida,quando a comparo às outras. Ela:
3O meu amado é como uma macieira no meio das árvores do pomar,quando comparado com outros rapazes. Sento-me à sua desejada sombra; seu fruto é doce ao meu paladar.
4Leva-me até à sala do banquete,e toda a gente pode ver como me ama.
5Sustem-me com fruta, com uvas, com maçãs,pois que estou desfalecendo de amor.
6Põe-me a sua mão esquerda debaixo da cabeçae com a direita abraça-me.
7Ó filhas de Jerusalém, conjuro-vos,pelas gazelas e cervas dos bosques,que não acordem o meu amado. Deixem-no dormir!
8Já o ouço, o meu amor! Lá vem ele, galopando sobre os montes,saltando por cima das colinas.
9O meu querido é como um gamo,ou o filho dum veado. Vejam, aí está ele, por detrás do nosso muro;agora, está já a olhar pelas janelas.
10Disse-me o meu amor: - Levanta-te, querida, minha bela,e vem.
11Porque já passou o Inverno;a chuva parou, foi-se.
12As flores começam a brotar nos campos;é o tempo dos cantos dos pássaros. Sim, chegou a Primavera.
13As árvores enchem-se de folhase os cachos começam a aparecer nas vinhas. Já começam a cheirar bem! Levanta-te, amor, minha linda,e vem. Ele:
14Minha pomba,que te escondes pelas fendas das penhas,no fundo dos desfiladeiros. Faz-me ouvir a tua voz tão doce; mostra-me o teu rosto encantador.
15As raposinhas andam correndo pelas vinhas. Apanhem-nas,porque os cachos estão já todos a desabrochar. Ela:
16O meu amor é meu,e eu sou dele. Ele apascenta o seu rebanho entre os lírios!
17Antes que refresque o diae que caiam as sombras, volta, meu querido; faz-te semelhante a um gamo, ou ao filho dum veado sobre os montes de Beter.
1Ela:
De noite, na minha cama, busquei aquele que a minha alma deseja.
2Levantei-me, para ver onde estava,e não o encontrei. Saí para as ruas da cidade, pelas praças,a ver se o achava, mas em vão.
3Os guardas detiveram-me,e perguntei-lhes: - Viram aquele que eu tanto amo?
4Mas passado pouco tempo depoislogo achei quem a minha alma deseja, e não o deixei até o ter levado para casa,para o velho quarto de minha mãe.
5Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,pelas gazelas e cervas do campo, que não despertem o meu amor. Deixem-no dormir à sua vontade. As filhas de Jerusalém:
6Que é isto que se eleva, dos desertos,semelhante a uma nuvem de fumo cheirando a mirra,a incenso e a toda a espécie de pós aromáticosque se podem importar?
7Olhem: é o carro de Salomão. Rodeiam-no sessenta dos homens mais valentes do seu exército.
8Todos eles são hábeis no manejo de armase de instrumentos de guerra.
Cada um deles tem a sua espada pronta, à cintura,para defender o rei contra qualquer incidente nocturno.
9O rei Salomão mandou fazer para si próprioum palanquim com madeira do Líbano.
10Os seus suportes são de prata;o dossel é de ouroe o assento forrado de púrpura; todo o interior foi revestido com carinho pelas raparigas de Jerusalém! Ela:
11Saiam, ó filhas de Sião,e venham admirar o rei Salomão; reparem na coroa com que sua mãe o coroou no dia do casamento, nesse dia de grande alegria para ele.
1Ele:
Como és formosa, meu amor, como és bela! Teus olhos são como pombas. Teus cabelos, como um rebanho de cabraspastando no monte de Gileade.
2Teus dentes são brancos como a lã das ovelhas tosquiadas,subindo do lavadouro;todas elas têm gémeos, não há nenhuma estéril entre elas.
3Teus lábios são como um fio de escarlate - como tens linda a boca! As tuas faces são duas romãs,por detrás do teu véu.
4O teu pescoço é como a torre de David,ornada com os milhares de escudos dos heróis.
5Teus seios, dois filhotes de gazela,apascentando-se entre lírios.
6Antes que refresque o diae que caiam as sombras, irei ao monte de mirra e ao outeiro de incenso.
7És toda formosa, minha querida;não tens defeito nenhum.
8Vem comigo do Líbano, minha esposa. Olharemos para baixo,lá do cimo da montanha, do alto do monte Hermon,onde os leões habitam e as panteras vagueiam.
9Tiraste-me o coração, meu amor, minha esposa; fico vencido quando os teus olhos se põem em mim; fico preso às voltas do teu colar.
10Como me é doce o teu amor, minha querida mulher. Como ele vale muito mais para mim do que o melhor vinho. O perfume do teu amor é mais intensodo que o das melhores especiarias.
11Teus lábios, minha esposa, são de mel. Sim, mel e leite estão debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidosé semelhante à das florestas de cedro, do Líbano.
12A minha querida esposa é como um jardim privado, como uma fonte de que mais ninguém bebe, que é só para mim.
13És semelhante a um pomar encantador,que dá frutos excelentes,onde se cheiram os mais raros perfumes:
14 o nardo, o açafrão, o cálamo, a canelae toda a sorte de árvore de incenso;e ainda a mirra, o aloés e outras especiarias agradabilíssimas.
15Tu és a fonte principal dos jardins, és como um poço de águas vivas,alimentando as correntes que descem das montanhas do Líbano. Ela:
16Levanta-te, vento norte, desperta; vem, vento sul, sopra sobre o meu jardim e espalha os seus perfumes encantadores sobre o meu amado. Que ele venha para o seu jardime coma os seus frutos excelentes.
1Ele:
Cá estou eu no meu jardim, minha querida esposa! Colhi a minha mirra e as minhas especiarias. Comi o meu favo, com o mel. Bebi o vinho, mais o meu leite. As filhas de Jerusalém: Oh! querido e amado, come e bebe! Sim, bebe abundantemente! Ela:
2Uma noite, estava eu a dormir e o meu coração acordou,num sonho. É que ouvi a voz do meu amor,que me estava a bater à porta do quarto: -Abre-me, minha querida, minha amada,minha pomba - dizia ele, - passei a noite toda fora,e estou coberto de orvalho.
3Mas eu respondi-lhe: Já me despi; iria eu agora vestir-me de novo? Lavei já os pés, iria torná-los a sujar?
4O meu amor tentou abrir ele próprio o fecho da porta e as minhas entranhas estremeceram por amor dele.
5Saltei por fim da cama para lhe abrir. As minhas mãos destilavam perfume,quando puxei pela fechadura da porta.
6Abri então ao meu amado,mas ele já se tinha ido embora. O meu coração parou de bater. Busquei-o por toda a parte,mas sem o encontrar. Chamei por ele, mas não obtive resposta alguma.
7Os guardas da ronda virame espancaram-me, deixando-me ferida; a sentinela da muralha rasgou-me o manto.
8Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,que se encontrarem o meu amorlhe digam que estou doente de amor. As filhas de Jerusalém:
9Ó mulher de rara beleza, que tem o teu amado mais do que qualquer outro,para que nos peças tal coisa? Ela:
10O meu querido tem a cor saudável da pele: queimada pelo Sol; é elegante; é melhor do que dez mil outros mais!
11A sua cabeça é como ouro puríssimo; tem os cabelos ondulados e negros retintos.
12Seus olhos são duas pombasjunto a uma corrente de águas, límpidas e calmas.
13As faces são um canteiro de plantas aromáticas; seus lábios perfumados,como lírios que gotejassem mirra!
14Seus braços parecem argolas de ouro engastadas de topázios; seu corpo é de esplêndido marfim, escrustado de pedras preciosas.
15As pernas, tem-nas como se fossem pilares de mármore,assentes em bases de ouro puro; parecem-se com os maravilhosos cedros do Líbano; não têm rival.
16Seu falar é doce; sim, é todo desejável. Tal é o meu amado, o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.
1As filhas de Jerusalém:
Ó mais formosa entre as mulheres, para onde foi o teu amado? Estamos dispostas a procurá-lo contigo. Ela:
2O meu amor desceu ao seu jardim,aos canteiros de bálsamo, para apascentar os seus rebanhos e colher os lírios.
3Eu sou do meu amado e o meu amado é meu. Ele alimenta-se entre os lírios! Ele:
4Ó minha querida, és tão belacomo a encantadora terra de Tirza, sim, tão bela como Jerusalém. A tua beleza conquistou-mecomo se se tratasse dum exército imponente.
5Desvia de mim os teus olhos,porque eles me perturbam! O teu cabelo, emoldurando-te o rosto,é como um rebanho de cabras pastando em Gileade.
6Os teus dentes são como um rebanho de ovelhas recém-lavadas,das quais todas produzem gémeos; não há estéreis entre elas.
7Como um pedaço de romã,assim são as tuas faces, entre o teu cabelo.
8Sessenta são as rainhas, oitenta as concubinas, as virgens são sem conta.
9Mas tu, minha pomba, és única entre elas, és perfeita, não tens rival! As mulheres de Jerusalém ficaram encantadas quando te viram, e até as rainhas e as concubinas te louvam.
10Quem é esta - perguntam elas -que aparece como a alva do dia,formosa como a Lua,pura como o Sol,incondicionalmente conquistadora?
11Desci até ao pomar das nogueiras, fui até ao vale para ver os novos frutos ali, para ver se floresciam as videse se já brotavam as romeiras.
12Mas antes de me dar conta disso,comecei a sentir muitas saudades da minha casa,e grande vontade de regressar para junto do meu povo. As filhas de Jerusalém:
13Volta, volta, ó sulamita, regressa,para que possamos ver-te outra vez. Ela: Porque querem vocês olhar para uma simples rapariga de Sulam? Como para uma dança de Maanaim?
1Ele:
Como são bonitos os teus pés ágeis, ó princesa! As voltas das tuas coxas são como jóias,trabalhadas por mãos de artista.
2O teu umbigo, como uma artística taça,cheia de fino licor; teu ventreé um campo de trigo cercado de lírios.
3Teus dois seios parecem-me com gémeos de gazela.
4Teu pescoço é como uma torre de marfim; teus olhos são dois límpidos poços,em Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim. Teu nariz tem a forma airosaduma torre do Líbano, olhando para Damasco.
5Como o monte Carmeloé a coroa das montanhas que o rodeiam,assim é a tua cabeça sobre ti; teus cabelos são púrpura! O rei está preso pelas tuas belas tranças.
6Como és formosa, como és encantadora,ó delícia de amor!
7Tens o porte altivo e elegante de uma palmeira. Teus peitos são como cachos de uvas.
8Disse eu assim: Hei-de subir à palmeira,e agarrar-me aos seus ramos. Que os teus seios são como cachos de vide e o hálito da tua respiraçãocomo o rescender de maçãs.
9Teus beijos dão a mesma alegriaque o melhor dos vinhos, suave e doce,fazendo até com que falem os lábios dos que dormem. Ela:
10Eu sou do meu amado, e ele deseja-me.
11Vem, meu amor; vamos para os campos; passemos as noites nas aldeias.
12Levantemo-nos de manhã cedoe saiamos até às vinhas,a ver se já florescem as vides,se já se abrem as florese se brotam as romeiras; ali te darei o meu grande amor.
13As mandrágoras exalam a sua fragância, às nossas portas há toda a espécie de fruta,da mais excelente, nova e velha. Guardei-a para ti, meu amor.
1Ela:
Oh, se ao menos fosses meu irmão,poder-te-ia beijar à vontade; fosse quem fosse que estivesse a olhar,não havia de se rir de mim.
2Trazer-te-ia para a casa da minha mãe,aquela que me ensinou. Dar-te-ia a beber vinho aromáticoe mosto das minhas romãs.
3Pôr-me-ias a mão esquerda debaixo da cabeça,e com a direita me abraçarias.
4Conjuro-vos, filhas de Jerusalém, não acordem o meu amor,até que ele queira. As filhas de Jerusalém:
5Quem é esta que sobe do deserto,encostada tão aprazivelmente ao seu amado? Ele: Debaixo da macieira,onde tua mãe te deu à luz,aí te acordei eu, minha querida. Ela:
6Põe-me como um selo sobre o teu coração,como uma aliança, permanentemente; porque o amor é forte como a mortee o ciúme cruel como a sepultura. Flameja com labaredas de fogo. São labaredas do Senhor.
7Nem a água toda poderia apagar este amor; tão-pouco enchentes de rios o poderiam fazer. Alguém que quisesse comprar este amorcom a riqueza toda que possuísse,não conseguiria.
8Temos uma irmã, pequenina,que ainda não tem seios. Que faremos, se alguém pretender pedi-la em casamento? Ele:
9Se ela for uma muralha,contruiremos sobre ela um palácio de prata; se ela for uma porta,cercá-la-emos com placas de cedro. Ela:
10Eu sou uma muralha. Meus seios são como torres. Por isso eu sou aos seus olhoscomo aquela que lhe traz paz.
11Salomão teve uma vinha em Baal-Hamomque entregou a uns rendeiros dali; cada um dava-lhe mil peças de prata.
12Quanto à minha própria vinha, ó Salomão, trato eu dela, leva pois as tuas mil peças de prata, e eu darei duzentas aos guardas que se ocupam dela.
13Ó meu amor, que habitas em jardins,os teus companheiros atentam para a tua voz; deixa-me ouvi-la também.
14Vem depressa, meu querido; faz-te semelhante a um gamo,a um veado novo,correndo sobre montanhas perfumadas.
q existe...
DICA DE WICCA
Cantares de Salomão
1Este cântico foi composto pelo rei Salomão.
Ela:
2Que ele me beije com a sua boca,porque o seu amor me é melhor do que o vinho.
3Como o teu perfume é agradável! Como o teu nome é doce! Não admira que todas as raparigas gostem de ti!
4Leva-me contigo; anda, corramos! O rei levou-me para o seu palácio. Como seremos felizes! O seu amor é melhor para mim do que o vinho. Não admira que todas as raparigas te apreciem!
5Eu sou morena, mas bela, ó filhas de Jerusalém, crestada como as tendas curtidas de Quedar; e no entanto formosa como as tendas de seda de Salomão!
6Não olhem sobranceiramente para mim, por eu ser assim escura,porque foi o Sol que me queimou. Meus irmãos tinham-me má vontadee mandaram-me para foraa trabalhar nas vinhas sob os raios do Sol;e foi assim que a minha pele se queimou!
7Diz-me, tu, a quem eu amo,para onde vais levar o teu rebanho a pastar? Onde é que o farás descansar ao meio-dia? Porque irei lá ter contigo,e assim não andarei no meio dos rebanhos dos teus companheiros,dando impressão duma rapariga de cabeça leve. Ele:
8Se ainda não o sabes, ó mulher mais bela de todas,segue as pisadas do meu rebanho,e apascenta as tuas cabras lá, junto às tendas dos pastores.
9Eu comparo-te com uma linda égua, meu amor!
10Como são bonitas as tuas faces,com o cabelo caindo-lhe aos lados! Como fica soberbo o teu pescoço,com esse magnífico colar de pedras preciosas.
11Havemos de te mandar fazer brincos de ouro e outras jóias de prata. Ela:
12O rei está no seu jardim,encantado com o meu perfume.
13O seu amor, para mim,é como um ramalhete de mirra,que guardo entre os meus seios. Ele:
14A minha amada é um ramo de flores nos jardins de En-gedi.
15Como és bela, meu amor, como és linda! Teus olhos são suaves,como pombas. Ela:
16-17
És gentil, meu querido; a tua presença,assim sobre a relva, à sombra dos cedros, debaixo dos ciprestes,é tão agradável!
1Ela:
Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. Ele:
2Sim, um lírio entre espinhos;assim é a minha querida,quando a comparo às outras. Ela:
3O meu amado é como uma macieira no meio das árvores do pomar,quando comparado com outros rapazes. Sento-me à sua desejada sombra; seu fruto é doce ao meu paladar.
4Leva-me até à sala do banquete,e toda a gente pode ver como me ama.
5Sustem-me com fruta, com uvas, com maçãs,pois que estou desfalecendo de amor.
6Põe-me a sua mão esquerda debaixo da cabeçae com a direita abraça-me.
7Ó filhas de Jerusalém, conjuro-vos,pelas gazelas e cervas dos bosques,que não acordem o meu amado. Deixem-no dormir!
8Já o ouço, o meu amor! Lá vem ele, galopando sobre os montes,saltando por cima das colinas.
9O meu querido é como um gamo,ou o filho dum veado. Vejam, aí está ele, por detrás do nosso muro;agora, está já a olhar pelas janelas.
10Disse-me o meu amor: - Levanta-te, querida, minha bela,e vem.
11Porque já passou o Inverno;a chuva parou, foi-se.
12As flores começam a brotar nos campos;é o tempo dos cantos dos pássaros. Sim, chegou a Primavera.
13As árvores enchem-se de folhase os cachos começam a aparecer nas vinhas. Já começam a cheirar bem! Levanta-te, amor, minha linda,e vem. Ele:
14Minha pomba,que te escondes pelas fendas das penhas,no fundo dos desfiladeiros. Faz-me ouvir a tua voz tão doce; mostra-me o teu rosto encantador.
15As raposinhas andam correndo pelas vinhas. Apanhem-nas,porque os cachos estão já todos a desabrochar. Ela:
16O meu amor é meu,e eu sou dele. Ele apascenta o seu rebanho entre os lírios!
17Antes que refresque o diae que caiam as sombras, volta, meu querido; faz-te semelhante a um gamo, ou ao filho dum veado sobre os montes de Beter.
1Ela:
De noite, na minha cama, busquei aquele que a minha alma deseja.
2Levantei-me, para ver onde estava,e não o encontrei. Saí para as ruas da cidade, pelas praças,a ver se o achava, mas em vão.
3Os guardas detiveram-me,e perguntei-lhes: - Viram aquele que eu tanto amo?
4Mas passado pouco tempo depoislogo achei quem a minha alma deseja, e não o deixei até o ter levado para casa,para o velho quarto de minha mãe.
5Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,pelas gazelas e cervas do campo, que não despertem o meu amor. Deixem-no dormir à sua vontade. As filhas de Jerusalém:
6Que é isto que se eleva, dos desertos,semelhante a uma nuvem de fumo cheirando a mirra,a incenso e a toda a espécie de pós aromáticosque se podem importar?
7Olhem: é o carro de Salomão. Rodeiam-no sessenta dos homens mais valentes do seu exército.
8Todos eles são hábeis no manejo de armase de instrumentos de guerra.
Cada um deles tem a sua espada pronta, à cintura,para defender o rei contra qualquer incidente nocturno.
9O rei Salomão mandou fazer para si próprioum palanquim com madeira do Líbano.
10Os seus suportes são de prata;o dossel é de ouroe o assento forrado de púrpura; todo o interior foi revestido com carinho pelas raparigas de Jerusalém! Ela:
11Saiam, ó filhas de Sião,e venham admirar o rei Salomão; reparem na coroa com que sua mãe o coroou no dia do casamento, nesse dia de grande alegria para ele.
1Ele:
Como és formosa, meu amor, como és bela! Teus olhos são como pombas. Teus cabelos, como um rebanho de cabraspastando no monte de Gileade.
2Teus dentes são brancos como a lã das ovelhas tosquiadas,subindo do lavadouro;todas elas têm gémeos, não há nenhuma estéril entre elas.
3Teus lábios são como um fio de escarlate - como tens linda a boca! As tuas faces são duas romãs,por detrás do teu véu.
4O teu pescoço é como a torre de David,ornada com os milhares de escudos dos heróis.
5Teus seios, dois filhotes de gazela,apascentando-se entre lírios.
6Antes que refresque o diae que caiam as sombras, irei ao monte de mirra e ao outeiro de incenso.
7És toda formosa, minha querida;não tens defeito nenhum.
8Vem comigo do Líbano, minha esposa. Olharemos para baixo,lá do cimo da montanha, do alto do monte Hermon,onde os leões habitam e as panteras vagueiam.
9Tiraste-me o coração, meu amor, minha esposa; fico vencido quando os teus olhos se põem em mim; fico preso às voltas do teu colar.
10Como me é doce o teu amor, minha querida mulher. Como ele vale muito mais para mim do que o melhor vinho. O perfume do teu amor é mais intensodo que o das melhores especiarias.
11Teus lábios, minha esposa, são de mel. Sim, mel e leite estão debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidosé semelhante à das florestas de cedro, do Líbano.
12A minha querida esposa é como um jardim privado, como uma fonte de que mais ninguém bebe, que é só para mim.
13És semelhante a um pomar encantador,que dá frutos excelentes,onde se cheiram os mais raros perfumes:
14 o nardo, o açafrão, o cálamo, a canelae toda a sorte de árvore de incenso;e ainda a mirra, o aloés e outras especiarias agradabilíssimas.
15Tu és a fonte principal dos jardins, és como um poço de águas vivas,alimentando as correntes que descem das montanhas do Líbano. Ela:
16Levanta-te, vento norte, desperta; vem, vento sul, sopra sobre o meu jardim e espalha os seus perfumes encantadores sobre o meu amado. Que ele venha para o seu jardime coma os seus frutos excelentes.
1Ele:
Cá estou eu no meu jardim, minha querida esposa! Colhi a minha mirra e as minhas especiarias. Comi o meu favo, com o mel. Bebi o vinho, mais o meu leite. As filhas de Jerusalém: Oh! querido e amado, come e bebe! Sim, bebe abundantemente! Ela:
2Uma noite, estava eu a dormir e o meu coração acordou,num sonho. É que ouvi a voz do meu amor,que me estava a bater à porta do quarto: -Abre-me, minha querida, minha amada,minha pomba - dizia ele, - passei a noite toda fora,e estou coberto de orvalho.
3Mas eu respondi-lhe: Já me despi; iria eu agora vestir-me de novo? Lavei já os pés, iria torná-los a sujar?
4O meu amor tentou abrir ele próprio o fecho da porta e as minhas entranhas estremeceram por amor dele.
5Saltei por fim da cama para lhe abrir. As minhas mãos destilavam perfume,quando puxei pela fechadura da porta.
6Abri então ao meu amado,mas ele já se tinha ido embora. O meu coração parou de bater. Busquei-o por toda a parte,mas sem o encontrar. Chamei por ele, mas não obtive resposta alguma.
7Os guardas da ronda virame espancaram-me, deixando-me ferida; a sentinela da muralha rasgou-me o manto.
8Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,que se encontrarem o meu amorlhe digam que estou doente de amor. As filhas de Jerusalém:
9Ó mulher de rara beleza, que tem o teu amado mais do que qualquer outro,para que nos peças tal coisa? Ela:
10O meu querido tem a cor saudável da pele: queimada pelo Sol; é elegante; é melhor do que dez mil outros mais!
11A sua cabeça é como ouro puríssimo; tem os cabelos ondulados e negros retintos.
12Seus olhos são duas pombasjunto a uma corrente de águas, límpidas e calmas.
13As faces são um canteiro de plantas aromáticas; seus lábios perfumados,como lírios que gotejassem mirra!
14Seus braços parecem argolas de ouro engastadas de topázios; seu corpo é de esplêndido marfim, escrustado de pedras preciosas.
15As pernas, tem-nas como se fossem pilares de mármore,assentes em bases de ouro puro; parecem-se com os maravilhosos cedros do Líbano; não têm rival.
16Seu falar é doce; sim, é todo desejável. Tal é o meu amado, o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.
1As filhas de Jerusalém:
Ó mais formosa entre as mulheres, para onde foi o teu amado? Estamos dispostas a procurá-lo contigo. Ela:
2O meu amor desceu ao seu jardim,aos canteiros de bálsamo, para apascentar os seus rebanhos e colher os lírios.
3Eu sou do meu amado e o meu amado é meu. Ele alimenta-se entre os lírios! Ele:
4Ó minha querida, és tão belacomo a encantadora terra de Tirza, sim, tão bela como Jerusalém. A tua beleza conquistou-mecomo se se tratasse dum exército imponente.
5Desvia de mim os teus olhos,porque eles me perturbam! O teu cabelo, emoldurando-te o rosto,é como um rebanho de cabras pastando em Gileade.
6Os teus dentes são como um rebanho de ovelhas recém-lavadas,das quais todas produzem gémeos; não há estéreis entre elas.
7Como um pedaço de romã,assim são as tuas faces, entre o teu cabelo.
8Sessenta são as rainhas, oitenta as concubinas, as virgens são sem conta.
9Mas tu, minha pomba, és única entre elas, és perfeita, não tens rival! As mulheres de Jerusalém ficaram encantadas quando te viram, e até as rainhas e as concubinas te louvam.
10Quem é esta - perguntam elas -que aparece como a alva do dia,formosa como a Lua,pura como o Sol,incondicionalmente conquistadora?
11Desci até ao pomar das nogueiras, fui até ao vale para ver os novos frutos ali, para ver se floresciam as videse se já brotavam as romeiras.
12Mas antes de me dar conta disso,comecei a sentir muitas saudades da minha casa,e grande vontade de regressar para junto do meu povo. As filhas de Jerusalém:
13Volta, volta, ó sulamita, regressa,para que possamos ver-te outra vez. Ela: Porque querem vocês olhar para uma simples rapariga de Sulam? Como para uma dança de Maanaim?
1Ele:
Como são bonitos os teus pés ágeis, ó princesa! As voltas das tuas coxas são como jóias,trabalhadas por mãos de artista.
2O teu umbigo, como uma artística taça,cheia de fino licor; teu ventreé um campo de trigo cercado de lírios.
3Teus dois seios parecem-me com gémeos de gazela.
4Teu pescoço é como uma torre de marfim; teus olhos são dois límpidos poços,em Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim. Teu nariz tem a forma airosaduma torre do Líbano, olhando para Damasco.
5Como o monte Carmeloé a coroa das montanhas que o rodeiam,assim é a tua cabeça sobre ti; teus cabelos são púrpura! O rei está preso pelas tuas belas tranças.
6Como és formosa, como és encantadora,ó delícia de amor!
7Tens o porte altivo e elegante de uma palmeira. Teus peitos são como cachos de uvas.
8Disse eu assim: Hei-de subir à palmeira,e agarrar-me aos seus ramos. Que os teus seios são como cachos de vide e o hálito da tua respiraçãocomo o rescender de maçãs.
9Teus beijos dão a mesma alegriaque o melhor dos vinhos, suave e doce,fazendo até com que falem os lábios dos que dormem. Ela:
10Eu sou do meu amado, e ele deseja-me.
11Vem, meu amor; vamos para os campos; passemos as noites nas aldeias.
12Levantemo-nos de manhã cedoe saiamos até às vinhas,a ver se já florescem as vides,se já se abrem as florese se brotam as romeiras; ali te darei o meu grande amor.
13As mandrágoras exalam a sua fragância, às nossas portas há toda a espécie de fruta,da mais excelente, nova e velha. Guardei-a para ti, meu amor.
1Ela:
Oh, se ao menos fosses meu irmão,poder-te-ia beijar à vontade; fosse quem fosse que estivesse a olhar,não havia de se rir de mim.
2Trazer-te-ia para a casa da minha mãe,aquela que me ensinou. Dar-te-ia a beber vinho aromáticoe mosto das minhas romãs.
3Pôr-me-ias a mão esquerda debaixo da cabeça,e com a direita me abraçarias.
4Conjuro-vos, filhas de Jerusalém, não acordem o meu amor,até que ele queira. As filhas de Jerusalém:
5Quem é esta que sobe do deserto,encostada tão aprazivelmente ao seu amado? Ele: Debaixo da macieira,onde tua mãe te deu à luz,aí te acordei eu, minha querida. Ela:
6Põe-me como um selo sobre o teu coração,como uma aliança, permanentemente; porque o amor é forte como a mortee o ciúme cruel como a sepultura. Flameja com labaredas de fogo. São labaredas do Senhor.
7Nem a água toda poderia apagar este amor; tão-pouco enchentes de rios o poderiam fazer. Alguém que quisesse comprar este amorcom a riqueza toda que possuísse,não conseguiria.
8Temos uma irmã, pequenina,que ainda não tem seios. Que faremos, se alguém pretender pedi-la em casamento? Ele:
9Se ela for uma muralha,contruiremos sobre ela um palácio de prata; se ela for uma porta,cercá-la-emos com placas de cedro. Ela:
10Eu sou uma muralha. Meus seios são como torres. Por isso eu sou aos seus olhoscomo aquela que lhe traz paz.
11Salomão teve uma vinha em Baal-Hamomque entregou a uns rendeiros dali; cada um dava-lhe mil peças de prata.
12Quanto à minha própria vinha, ó Salomão, trato eu dela, leva pois as tuas mil peças de prata, e eu darei duzentas aos guardas que se ocupam dela.
13Ó meu amor, que habitas em jardins,os teus companheiros atentam para a tua voz; deixa-me ouvi-la também.
14Vem depressa, meu querido; faz-te semelhante a um gamo,a um veado novo,correndo sobre montanhas perfumadas.
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